Certificação: Consiste em colher parâmetros do cabeamento instalado que possibilitem demonstrar a qualidade geral do mesmo. Este processo de certificação deve ser realizado antes do Sistema em rede ser ativado.

EIA/TIA é órgão de normatização para infra-estrutura de telecomunicações, a norma EIA/TIA TSB-67 especifica testes em campo de Sistema de Cabeamento estruturado, ela define especificações para testes após a instalação e verifica o funcionamento do enlace que é especificada de acordo com a Norma EIA/TIA 568.

Equipamentos de teste:
◦Mapeador de cabos (cable mapper) – NÃO CERTIFICAM;
◦Testador de cabos (scanners) – CERTIFICAM;
◦OTDR’s (ópticos) – CERTIFICAM;
◦Analisadores de Rede – NÃO CERTIFICAM

Por que a rede deve ser certificada?
◦Para medir parâmetros elétricos do cabo com base em normas.
◦Detecção de falhas no cabeamento;
◦Emissão de relatórios que irão fazer parte do “AS-BUILT”;
◦Garantia para o cliente de que o cabeamento está normatizado

Deverá ser empregado equipamento de medição compatível com o meio a ser testado:
◦Categoria 5E
◦Categoria 6
◦Categoria 6A

Os resultados de todas as medições deverão ser registrados pelo equipamento de teste, armazenados em meio magnético e impressos em papel timbrado.

Certificação do cabeamento envolve uma série de etapas que avaliam os principais parâmetros do cabeamento da rede:

– Comprimento máximo dos lances
◦A norma especifica um comprimento máximo de 100 metros para o lance de cabo (na realidade 90 metros de cabo fixo e 10 metros para cabos de emenda).
◦A técnica de medida é o enviar um pulso e medir o tempo que leva para refletir.
◦Esse tempo é multiplicado pela velocidade nominal de propagação do sinal no cabo ( NVP – Nominal Velocity of Propagation ), normalmente com valores nominais em torno de 68% à 72% (variação dos fabricantes).

– Mapeamento de condutores

Pinagem T568A (T568A) = A

Pinagem T568B (T568B) = B

A = 1- Branco com Verde

B= 1- Branco com Laranja

A= 2- Verde

B= 2- Lanranja

A= 3- Branco com Laranja

B= 3- Branco com Verde

A= 4- Azul

B= 4- Azul

A= 5- Branco com Azul

B= 5- Branco com Azul

A= 6- Laranja

B= 6- Verde

A= 7- Branco com Marrom

B= 7- Branco com Marrom

A= 8- Marrom

B= 8- Marrom

– Paradiafonia (NEXT)
◦Verifica a quantidade de conexões no link;
◦Verificar a qualidade dos acessórios empregados (patch panel, fêmeas e machos) podem ser de outra categoria (menos cat5, 5e ou 6);

– Impedância do cabo – Expressa a contribuição das resistências, indutâncias, capacitâncias e condutâncias distribuídas ao longo do condutor, e medida em campo por meio de cable scanners. A qualidade de construção do cabo, é principal determinante no valor da impedância do mesmo.

– Atenuação do cabo – Perda de potência do sinal transmitido – quanto maior a freqüência do sinal pior é o caso (efeito skin ).

– ACR (atenuação x NEXT)- Importante parâmetro a ser medido que expressa relação entre a Atenuação e o NEXT .
◦A EIA/TIA 568 B não estabelece critérios de medição para este parâmetro;
◦A ISO/IEC especifica no mínimo 4 dB para freqüência de 100 MHz (classe D);
◦Quanto maior o valor de ACR, melhor é a característica de transmissão do meio (menor BER);
◦ACR de 16dB para 100 MHz.

– Return Loss (perda de retorno) – Reflexões causadas por anomalias na impedância característica ao longo de um segmento de cabo.
◦Conectorizações nas extremidades (machos) mal feita pode gerar o “jitter” ou atrasos não uniformes. O teste de perda de retorno mede a diferença entre amplitude do sinal de teste e a amplitude das reflexões deste sinal pelo cabo.

O que deve ser certificado o Canal ou o Link Permanente?

Para a execução de testes de certificação do cabeamento instalado existem dois tipos de configuração para medição, o Enlace Permanente (Permanent Link) e Canal (Channel). Portanto, a configuração de Enlace Básico (Basic Link) não é mais uma configuração reconhecida para teste do sistema desde a publicação da norma da Categoria 5e. As figuras 1 e 2 mostram ambas as configurações de testes reconhecidas para Cat. 5e, 6 e 6a. É importante notar que na configuração de teste segundo o modelo canal, todos os cordões de manobra (patch cords), assim como o cordão do usuário na área de trabalho são considerados. No entanto, o modelo de enlace permanente considera apenas o cabeamento horizontal sem incluir os cordões de manobra, de equipamentos e da área de trabalho. Os testes de certificação, neste caso, devem ser executados com os adaptadores e cordões fornecidos pelo fabricante do equipamento de teste utilizado.

Figura 1 – Configuração de teste modelo canal

Figura 2 – Configuração de teste modelo enlace permanente

Um dos equipamentos mais atuais para certificação de cabeamento estruturado é o DTX-1800 da Fluke Networks.

Agora que você já sabe que todo cabeamento deve ser certificado, entre em contato comigo para certificar sua rede de cabeamento estruturado instalada.