A Microsoft e a Xiaomi anunciaram na semana passada uma nova parceria que poderá beneficiar os clientes de ambas as companhias. As marcas assinaram na última sexta-feira (23) um memorando de entendimento para colaborações nas áreas de hardware, computação na nuvem e inteligência artificial, o que poderá aprimorar seus serviços a longo prazo e oferecer novos produtos para os consumidores.

De início, por exemplo, a parceria garante que a Xiaomi usará a plataforma Azure para armazenamento de dados e execução de serviços remotos. Por outro lado, a Microsoft ajudará os chineses a divulgarem seus laptops e dispositivos móveis equipados com o sistema Windows 10. A ideia é que, no futuro, as companhias possam trabalhar juntas para aprimorar a assistente pessoal Cortana, que equipará speakers inteligentes à la Google Home e Apple HomePod.

“A Xiaomi é uma das empresas mais inovadoras da China e está se tornando cada vez mais popular em vários mercados ao redor do mundo. Os esforços únicos e experiências da Microsoft em inteligência artificial, tal como produtos nossos como o Azure, permitirão que a Xiaomi desenvolva mais tecnologias de ponta para o mundo inteiro”, afirmou Harry Shum, especialista em IA e pesquisador na gigante de Redmond.

Wang Xiang, vice-presidente global sênior da Xiaomi, também se mostrou contente com a parceria. “A nossa missão é entregar tecnologias inovadoras para todos ao redor do globo. Ao colaborar com a Microsoft em múltiplas áreas tecnológicas, a Xiaomi vai acelerar seu ritmo para trazer mais produtos e serviços empolgantes ao nosso público”, comentou o executivo.

TROCA DE FAVORES

Esta não é a primeira vez que a Xiaomi firma uma parceria com a Microsoft. Em 2016, as duas companhias também fizeram um acordo para que aplicativos da família Office viessem pré-instalados em smartphones da série Mi.

Essas colaborações são vantajosas para ambas as marcas; de um lado, a fabricante chinesa ganha a oportunidade de expandir sua atuação nas Américas, mercado que ainda não conseguiu se estabelecer; do outro, a Microsoft pode utilizar a expertise da Xiaomi no segmento de dispositivos móveis, setor que, desde o fim da linha Lumia, ainda é um campo perigoso para a criadora do Windows.