A gaúcha Exatron, líder de mercado em sensores de presença e relés fotoelétricos para iluminação pública, está desenvolvendo um sistema de automação residencial que será comercializado a partir de R$ 1 mil. A linha MyHouse deve chegar ao mercado no próximo semestre. São produtos destinados ao controle de áudio e vídeo, climatização, iluminação, segurança, câmeras, porteiro eletrônico, tomadas, cortinas, dentre outros.

“Vamos tornar a automação residencial acessível, propiciando economia de energia, conforto, segurança e interação à distância”, explica o diretor-superintendente da Exatron Régis Haubert. Ao longo dos três anos seguintes, a MyHouse deve representar 25% do faturamento da empresa.

O sistema está sendo desenvolvido para os sistemas iOS, Android, Microsoft e web. Através do aplicativo, o usuário poderá programar as funções dos produtos, agendamentos e cenários, tendo controle da residência de forma presencial ou à distância.

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Hoje, segundo a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), cerca de dois milhões de residências brasileiras já têm potencial para utilizar sistemas automatizados, gerando alta eficiência energética, segurança e conforto. O número que de fato o faz, porém, não chega a 20% desse total. O Rio Grande do Sul, apesar de acompanhar o mercado nacional, abriga cerca de 50% das indústrias de automação industrial do país.

“Esse mercado potencial representa cerca de 3% no Brasil, frente a 18% nos países desenvolvidos”, diz Haubert. O gestor, porém, é otimista. “A rápida absorção das novas tecnologias pelos usuários, a massificação dos smartphones, das redes sem fio, a maior oferta e a consequente redução dos custos dos produtos e de instalação sinalizam um substancial aumento dessa demanda no Brasil”.

Globalmente, a automação residencial deve crescer de U$ 32 bilhões em 2015 para U$ 78 bilhões em 2022, uma taxa anual composta de 12,5%. “É sim um mercado ainda incipiente por aqui. Contudo, combinado à IoT e à gradual abertura do brasileiro à inovação, pode superar a previsão atual.”

Neste ano, a empresa já emplacou crescimento de 20%. O maior índice de elevação ficou concentrado nas regiões Norte e Centro Oeste (32%), seguida pelo Sudeste (29,87%), Sul (17,21%) e Nordeste (12,44). Segundo Haubert, as projeções apontam que o índice será mantido pelos próximos três anos.

 

Fonte: Melissa Resch